O índio, o espelhinho e o ouro!

Como fazem alguns bons anos que sai da escola, não sei como as coisas andam em matéria de conteúdo, mas quando eu estudava, uma das matérias que eu mais gostava era história.

Muitos torciam o nariz, mas eu era fascinado pelo conteúdo, justamente por perceber que as coisas se repetem.

Em história do Brasil, lembro de ouvir que os primeiros exploradores do nosso amado país, levaram todo o ouro dos índios, em troca de bugigangas sem valor, como espelhinhos e outras "traquitanas", simplesmente porque os indios não davam valor ao seu ouro, e ingenuamente achavam que troca-lo por espelhinhos era um baita de um negócio.

E oque isso tem a ver com o assunto tratado obrigatóriamente no Conexão Coruja?

Que como todos que aturam esse blog já estão cansados de saber, nós falamos de carros e assuntos relacionados.

Bom, vou chegar lá.

Imagine que os "exploradores" não são mais os navegadores europeus e sim as montadoras de automóveis.

O "espelhinho" agora é um intrépido carro 1.0 quase todo de plástico.

O "ouro" é o seu rico dinheirinho.

E o índio?

Bom, o índio é quem dá 10.000 de entrada e financia os outros 25.000 em 36x,

ou seja,

Com os juros, o índio acaba pagando 45.000 por um carro que quando terminar de pagar vai valer 23.000.

Baaaaaaaaaaaita negócio.

Ai eu pergunto.

Quem está jogando dinheiro fora?
Quem tem um carro quitado e equipa esse carro por que gosta, ou quem perde mais de 20 mil reais só em juros e desvalorização para andar num carro que na realidade não é para o seu bico????

Hein? Hein?

E o pior, é que tem gente que chama de louco quem gasta 5 ou 6 mil reais em acessórios para o carro, sem lembrar que os acessórios comprados com critério tem valor de revenda, e podem ser levados para o carro seguinte.

Sem contar o fato de que o valor da satisfação pessoal é incalculável, já os juros do financiamento, só fazem uma pessoa feliz, o dono do banco.

Mas antes que me esfolem vivo, quero dizer que não sou um maluco, que acha que ninguém deve comprar carro novo, muito pelo contrário, acho que quem tiver condições de comprar um carro legal deve faze-lo.

Apenas faça as contas para ver se você não está trocando ouro por espelhinho.