Galera, aqui vai mais um dos textos do blog http://www.corujadobox.blogspot.com/. Ele fala um pouco sobre o grande potencial da arrancada amadora e de seu despertar em todo o país. Tomei apenas a liberdade de trocar o monstrinho simpático do Coruja pelo famoso ícone-monstro dos anos 60, Rat Fink.
Rat Fink é a criação mais conhecida do artista e engenheiro mecânico Ed “Big Daddy” Roth. Figura chave na "Kustom Kulture" que transformou a Califórnia na meca dos hot-rods e outros veículos motorizados durante os anos 60, Roth ficou famoso tanto como designer de veículos personalizados quanto como criador de monstros ao mesmo tempo grotescos e simpáticos.
A Kustom Kulture nasceu na Califórnia no final dos anos 50 e sua influência passa por toda a cultura pop: dos carrões envenenados do hip-hop às canções adolescentes dos Beach Boys, a Kustom Kulture ajudou a construir o imaginário jovem contemporâneo.
Ícone da contracultura, Rat Fink é um símbolo eterno da livre expressão, uma válvula através da qual crianças e eternos adolescentes podem extravasar sua insatisfação com a caretice vigente.
Carros envenenados e monstros irados na contramão da caretice. Tudo isso tem muito a ver com o pessoal dos carros de rua se libertando das regras retrógradas das competições atuais e resgatando o espírito, a combatividade e a verdadeira essência das primeiras arrancadas, que nada mais eram do que rachas na ruas, estradas, aeroportos e desertos. O que esse pessoal está mostrando, é que não é necessário ser retrógrado, careta e inviável para participar de uma competição de arrancadas dentro de uma dragway.
Nos dias de hoje o cenário mudou, mas o espírito continua o mesmo!
Então fiquem com O MONSTRO:
Já cantava Herbert Viana:
"O espanto está nos olhos de quem vê o grande monstro a se criar".
Que monstro é esse?
No nosso caso, esse é um monstro "do bem", é gigantesco, mas é do bem.
O nome desse monstro é ARRANCADA AMADORA.
No RS temos o VeloparkOpen, em São Paulo temos o Racha Interlagos, agora tivemos um evento com moldes similares em Curitiba, sem esquecer do velho Racha Tarumã que lota em todas as vezes que ocorre, temos também o Treinão na Bahia, fora os outros espalhados pelo Brasil.
Ai eu pergunto;
Qual a similaridade desses eventos?
1° Todos eles tem simplicidade de regulamentos, uns mais, outros menos, mas todos são mais simples que as provas federadas.
2° Todos tem bom número de participantes.
3° Todos tem grande variedade de carros.
4° Todos tem entre seus participantes, praticamente 100% de amadores.
5° Todos tem bom público.
6° Todos tem pouca divulgação, e mesmo assim ocorrem com sucesso.
A arrancada amadora é um MONSTRO GIGANTESCO adormecido, que começa a se levantar.
Algumas pessoas se surpreendem com sua força, EU NÃO. Eu me surpreendo em ver quanto tempo ela ficou hibernando...a sua força eu já conhecia.
O pessoal quer correr, só precisa de uma chance, ter evento próprio para isso é um ótimo começo.
Aqui no RS, a arrancada profissional está agonizando, ela não atrai novos participantes, não atrai público, não dá lucro, resumindo, não tem a menor força.
Seu emaranhado de regulamentos é uma grande cilada, tem regulamentos demais, tem categorias para enquadrar a todos e ao mesmo tempo não enquadra ninguém.
Ninguém mais aguenta aquelas provas sonolentas, onde carros arrancam sozinhos, onde se ganha sem disputar com ninguém.
Provas que só são entendidas por pilotos e mecânicos.
Provas com 30 carros inscritos, chega a ser uma vergonha.
Fazer mata-mata é uma tentativa de dar um pouco de emoção a essas provas, mas esbarra na mediocridade.
Como se faz, para fazer mata-mata numa categoria com dois ou três inscritos???
Sem contar que a maioria deles quebra nas primeiras puxadas, quando não quebra alinhando.
E a prova amadora, bom, a prova amadora só precisa de uma pista, um pinheirinho e um cronometro...
Pra que complicar???
Arrancada é carro contra carro, só isso.
Arrancada sem confronto é futebol sem gol.
Como se diz por ai:
SOU AMADOR COM MUITO ORGULHO...
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